ISABELA
Tudo termina
quando o caixão desce à cova,
ainda semiaberta ,
pelas lembranças que restaram.
Tic –tac , fazem os pensamentos bons,
Tentando desvencilhar nossas mentes da dor.
Qual será a dimensão
do buraco que fica nesse ínterim ,
Do primeiro suspiro,ao ultimo adeus...?
Agora ,nesses olhos eternamente inertes,
Não há mais razões, nem esperanças;
Nesses lábios ,não há mais palavras de amor;
Nesses braços, não mais abraços;
Só , para sempre,
Um amanhecer que não chegou.
Sem entardecer,
Sem anoitecer,
Apenas um tempo presente: a saudade .
Um ano aderindo se a outro,
Trazendo aos poucos o esquecimento,
Amenizando o sofrimento,
Esse sentimento louco.
'' dedicado à Isabela Nardoni e sua família''
( a justiça maior, vem de Deus)