Cidade
Sou daqui.
São trinta e tantas.
Divididas em tantas batidas.
São ritmos de Áfricas, Asias e continentes.
Houve quem dissesse que eu sou caipira desde a ribeira.
Nomes sujos.
Meus pés estão no vale do Paraíba.
Na religião.
Nas asas.
No cheiro de chuva.
Na cor vermelha dourada das festas populares.
No ensopado de arroz e cambuquira.
Deus eternamente me dê o vale como morada e a minha morada no vale.