Há uma gota de sangue em cada poema
Assim como há resquício de barro
Nas estradas asfaltadas
E ruínas pelo impacto das guerras
e catástrofes
Há em cada poema uma lágrima;
Assim como ecoam aplausos e vaias
Da grande semana! Onde sobram
Pedaços mastigados na antropofagia
Mário não desperdiçaria uma ideia
Sem que esfacelasse fontes, rituais e oferendas.
Há uma gota de suor em cada letra
E em cada verso um gozo de dor
Por que sempre a dor do poeta?
Simples... É exatamente aí que sucumbi
As mágoas de exprimir pelo dom;
E despedir a força vital paulatinamente...
Mas há de deixar cada poeta, em cada página seca
A ata boêmia, ideia difusa e
sua vida latente!