À CIDADE MARAVILHOSA

À

Cidade Marvilhosa

Abril 2010

Teu pranto inundou a bela paisagem,

Quisera fosse apenas um pouco de manha

As fortes lágrimas que rolaram

Como cascatas pelas montanhas.

Chorastes forte, tristemente

Deixastes todos a própria sorte

Se debulhando na noite silenciosamente

Com rastro de morte tragicamente.

Parecia que ao derramar todo teu sentimento,

Deixavas de ser maravilhosa naquele momento.

Quem não te conhece os segredos não revelados,

Não sabe que entre tantos tesouros bem guardados,

Estava o mais bonito a ser apreciado,

O sorriso nos rostos dos sobreviventes,

Entre a multidão pobre e carente,

Anônimos ajudando voluntariamente.

Quase mudastes teu nome

E passavas a ser o Rio de Abril

O sol voltou a brilhar em teu lindo céu de anil

O mais límpido deste nosso Brasil.

Espero que tuas tristezas cicatrizem

E não atinjam o conjunto de tuas belezas

Outras histórias poderão ser escritas

Ao enterrarmos estas tragédias malditas.

Cidade Maravilhosa, não chores mais!

Deixe o vento secar as lágrimas

Dos que sofrem pelos entes

Que sabemos não voltam mais!

Brilhe o sol em teu vestido verde

Coberto da necessária esperança

Para reconstruir sorrisos nos rostos

Desta população cheia de tristes lembranças.

Sorria Rio de Janeiro, aceite mais esta mudança,

Faz parte da grande temperança

Que emana dos braços do Consolador

O Cristo Redentor

Que lá de cima com seu olhar majestoso

Tudo vê mesmo onde nossa vista não alcança.

Cidade Maravilhosa cheia de pranto

Derramando-se em lágrimas pelas ruas,

Avenidas, transbordando seu encanto,

Pelas valas de lixo e lama por todos os cantos

Do que outrora foi lindo recanto.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 09/04/2010
Código do texto: T2186867
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