JUCA ROSA ( * )
Já passaram tantos anos
Me lembro muito certinho
Ainda estou recordando
Vou contar bem direitinho
Eu ainda era criança
Numa festa em Claro de Minas
Podem ouvir com confiança
Me recordo esta façanha
Muita gente reunida
A festa muito animada
Na época só a cavalo
O povo fazia a chegada
Na Vila Fazenda Velha
Como era denominada.
Chegando as multidões
De grandes cavalarias,
Com animais equipados
De bonitas montarias
Cavalos bem ensinados
Todos entusiasmados
Era o charme daqueles dias.
Entre eles, Juca Rosa
Um simpático rapagão
Por todos era querido
Domador, grande peão
Na sombra da gameleira
Foi encostar seu burrão
Pois era m burro chucro
Poucos repassos, era poltrão.
Antes de Juca Rosa deixar a sela
Chegou Salatiel Corrêa
Disse agora você não apeia
Quero uma apresentação
Foi puxando trinta e oito
Deu três tiros no chão
O burro virou um corisco
Sai pior que um leão
Saltando de todo jeito
Abismando a multidão.
Juca Rosa dava risadas
Era um peão de fama
Mas logo com uns dez pulos
Seu chapéu caiu na grama,
Parece que o burrão pensou
Mando este peão ao leu
Vou armar uma cilada
Jogo ele encima do chapéu.
O burrão deu meia volta
Em seguida um chasqueão
Juca Rosa deu um esquivo
Pegou o chapéu com a mão
Pôs na cabeça na hora
Cortou o chucro na espora
Cumprimentado o povão.
Relembro esta passagem
Deste grande personagem
Que na flor da mocidade
Partiu para a eternidade
Pois foi chamado por Deus
Deixando grandes saudades
Dos entes queridos seus.
Minha singela homenagem
Nesses meus versos em prosa
A este filho de Vazante
Um famoso integrante
Da grande família, Alves Rosa.
( * ) A referida poesia é de autoria de ( Manoel da Silveira Corrêa - conhecido em Vazante-MG como: Manoel da Tunica). Disponível em: http://rogerioscorrea.blogspot.com