O QUANTO EU QUERIA...
Como eu queria
Sonhar com você
sem você perceber
Queria eu preencher as páginas discretas
Sorrir para os pequenos trechos e
desenhar projetos de amor
Piscar meus olhos e não acreditar nas suas lágrimas
E nunca sofrer em espaços vagos
E não esperar o paraíso...
Como eu precisava de um pouco mais de gemidos
Para cantar mansamente uma canção do seu amor
Queria eu saber as lembranças das histórias
Sorrir para o momento e balançar o lenço
Dizer ao que passa: - “Chegaste?”
“Conheces as casas? Ou não sabes os endereços?”
Pagar meu preço em igual metade
E não esperar o paraíso...
Queria fazer uma viagem de trem, infinita
Livrar-me de qualquer emoção, estranhamente
Lavar bem as mãos e o meu rosto em água corrente
Para não dormir e perder a hora
Para partir de peito aberto
E não esperar o paraíso...
Queria eu buscar o mundo
Traçar o rumo do seu amor
Queria eu dizer para a tela
Não pintei em você qualquer dor...
Prefiro a tela vazia, prefiro a queda do braço
E não esperar o paraíso...
Hoje não queria nada
Nadinha de nada
Hoje não houve dores
nem rumores do caos
Hoje certamente não houve
momentos maus
Hoje faria eu alguém feliz
Hoje faria aquela canção
Hoje já estou no paraíso...
Pois estou nos braços do meu amor!