Falando alto
Primeiro chega o silêncio.
A casa as escuras.
Ao norte
a lua.
Não há mais a fala alta.
As conversas.
Jogadas fiada.
Nas tardes ensolaradas.
Findou-se.
Finou-se.
Ninguém chora pra fora.
Mas sente pra dentro.
As janelas estão abertas.
Mas cerrados os espiritos.
Não era carne da gente,
mas era irmã num rito partilhado.
Descansa agora.
Espero que nos braços do Pai.
Na mais divina glória.
(em memória da D. Nadilze, minha vizinha)