DESPEDIDA

Pensei em fazer um soneto,

Uma frase de despedida,

Dizer alguma coisa marcante,

Tentei ser elegante demais,

Tentei até fazê-los voltar atrás,

Mas qual nada, coisa alguma pude falar ou fazer.

As idéias embaralhadas em minha mente, não pode ser expressa em belas frases,

Não consegui nenhuma inspiração que prestasse a tudo que senti, que vivi.

Como definir um amor tão fraterno de criaturas tão iguais que parecem mesmo

Ser irmãos consangüíneos?

Mas este tempo pequeno de compartilhar, muito deixou pra se pensar ou pra sentir em dor...

As horas antes tão pirracentas em passar agora nem mesmo se agüentam nos ponteiros ligeiros que apressam a separação.

Não tem motivo pra angustias, lamentos ou agonia muda... Apenas a saudade deste breve sopro de brisa e contentamento que ficou aqui, tempo suficiente apenas pra aumentar o sentir da separação fatídica.

Mas as asas que os levaram pra longe, levem em paz tão plena, que os solavancos do deixado pra trás não possam alcançá-los ou tocá-los em incomodo.

E aqui fico eu a tentar dizer alguma coisa ... Uma coisa qualquer que seja ... que não seja as palavras finais ou inicias do mesmo dizer...

E nesta falta de palavras que agora me acomete ... que possa dizer tudo que sinto ... embora o que sinto ... num misto de tristeza tão profunda ... é a alegria imensa de poder saber do que agora é apenas historia...

Voces estiveram mesmo aqui.

E embora tenham ido, não tenham duvida... Ficaram muito mais comigo ... que imaginam.

Gerson Silva
Enviado por Gerson Silva em 14/03/2010
Código do texto: T2137586
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.