Poeta pinta e esculpe talha e entalha
As janelas da minha alma abrem-se
Para dar côr e vida á minha poesia
É lá que vivem as minhas musas
É o paraíso das minhas emoções
Abre-se uma outra e outra
e adejam pelo meu pensamento
Em mil modulações espalham-se pelo éter
o vento leva-as são claridades fulgentes
libertas em visões resplandecentes
Enchem páginas de alegorias
Espraiam-se em mares das minhas harmonias
Desaguam em arvoredos
onde vive o misterioso pássaro azul
E os seus cantantes trinados
São céus das minhas esperanças
onde brilham as estrelas que me afogueiam
que me indiciam caminhos secretos
onde os rios são de luz
que se reflectem em mil cores
Fantasmagorias que me prendem
ali coloco o meu cavalete espalho as tintas
que ali estão mesmo à minha mão.
E ali se pinta a poesia
na expressão da sua alegoria
no delicioso encontro do poeta e pintor
frente a um modelo talha a liberdade
e entalha com seu cinzel o verso glorioso
Onde viva e voluptuosa emana a vida
tta
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