A uma amiga querida
 
 
Seus olhos de uma tristeza bela
Por ter sofrido tanto
Os suspiros já serenos... só dela
A mágoa em descanso.
 
Porque não choras?
 
E me diz:
Mostro-te a dor esplêndida e mansa
Em meu coração arraigada
Minh’alma não descansa
Por tanto desamor... abalada.
 
Porque não foges?
 
Sussurra:
Aceitação é uma dádiva serena
Comigo vaga na sombra da madrugada
As últimas lágrimas pequenas
Enfim, as horas mortas já acabadas.
 
Porque suportas?
 
Não me responde:
Levanta os olhos para o céu
Em que a felicidade dormia
Não era uma inocente,
Não era uma santa ao Léo
Era apena ela
Uma mulher que sofria
Assim era a vida dela.
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 14/02/2010
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