Um dia sem sol e uma noite sem as estrelas
Quando o sonho se desfaz...
Varrem-se desejos imensuráveis...
A dor que se aconchega revela um sorriso doído...
A alegria nem sempre é verdadeira
E a vida nem sempre lhe dá sentido.
Quando o sol se põe
Leva consigo um mar de mistérios...
E um olhar sereno cruza o horizonte
Embevecido pelo silêncio que impera na imensidão
Quando a noite chega
Nem sempre traz as estrelas...
Às vezes uma brisa fria recebe-nos
E nosso corpo reclama incontinente a solidão...
Cada um tem os seus mistérios e suas dores...
Cada um tem suas riquezas e seus amores...
Todavia, mesmo sem os sonhos, sem o sol
Mesmo que existam noites que emudeçam as estrelas
Vale sempre a pena acreditar na vida...
Acreditar nessa bela dádiva dada por Deus
Pois, na verdade não somos o seu real dono...
Somos apenas hospedeiros dessa existência...
Divinamente extraordinária!
Pelo simples sentido de estar...
Pelo simples sentido de ser... Vivos.
Esse poema dedico a um amigo de trabalho que se suicidou ontem a tarde.
Serginho, Descanse em paz companheiro.