POESIAS // PRESENTE DE UM POETA
POESIAS
Prometi não mais escrever poemas ou poesias.
Mas, como um vício, caio de novo na escrivaninha!
E... Agora prostrado aos teus pés, tento reler rimas rebuscadas, palavras choradas, versos que tentam explicar ou redimir, uma renúncia anunciada.
E aguardo no tempo apenas fotografias, sem rimas, sem poentes.
Sem palavras ardentes, sem versos do presente ou de mares a navegar.
No sacolejar do Infinito finito. Tento reler tantos versos, mas não consigo!
Apenas releio os teus, que caem sobre os meus ombros cansados.
Qual água de cachoeiras abençoadas, por Xangô. E Iansã.
Que me trazem Paz e descanso, no remanso dos teus olhos marejados.
Gostaria tanto de não te causar nenhum espanto. Apenas acalanto!
De dias tão sofridos, nas rotinas, que se descortina em mais um dia.
Em que o Porto Alegre, em mais um arrebol, se despede contente,
Descendo o Guaíba... A levar as tuas dores e dissabores até o mar...
E que Nossa Senhora dos Navegantes, mesmo que dantes, não nos reconheça.
Acredito que, Ela não se esqueça de ti! Porque, Ela se repete todos os dias,
De nossas vidas, sem sol ou sem estrelas, e ouve os teus versos e o teu cantar,
E o teu versejar que se expande além do mar.
**Recebi esta linda poesia, presente de um poeta amigo. Gostei demais. Obrigada, bjs helena