Teu silêncio
Que cor tem teu silêncio palpável?
Onde as palavras buscam abrigo,
Quando o cérebro ordena à boca:
Cala! Descansa! Pára!?
Os pensamentos que rondam tua mente,
Nestas horas lacunosas de tua voz,
Buscam refúgio internamente,
Escapando-se, às vezes, num olhar, num gesto...
Mais eloqüente que qualquer poesia,
Mais cortante que um sabre afiado,
Teu silêncio expressa, no deserto das palavras,
O transbordar de idéias e pensamentos que tens.
Dele sou aprendiz, mesmo ainda sem saber decifrá-lo.
E tu, neste laconismo da alma,
Parece dizer: “Descansa, tens calma,
Pois quanto mais calo, mais falo”.
(Danclads Lins de Andrade).
Dedico este poema à minha amada, namorada, mulher, companheira, amiga, Ednar Andrade.