Teu silêncio

Que cor tem teu silêncio palpável?

Onde as palavras buscam abrigo,

Quando o cérebro ordena à boca:

Cala! Descansa! Pára!?

Os pensamentos que rondam tua mente,

Nestas horas lacunosas de tua voz,

Buscam refúgio internamente,

Escapando-se, às vezes, num olhar, num gesto...

Mais eloqüente que qualquer poesia,

Mais cortante que um sabre afiado,

Teu silêncio expressa, no deserto das palavras,

O transbordar de idéias e pensamentos que tens.

Dele sou aprendiz, mesmo ainda sem saber decifrá-lo.

E tu, neste laconismo da alma,

Parece dizer: “Descansa, tens calma,

Pois quanto mais calo, mais falo”.

(Danclads Lins de Andrade).

Dedico este poema à minha amada, namorada, mulher, companheira, amiga, Ednar Andrade.

Danclads
Enviado por Danclads em 02/02/2010
Reeditado em 22/10/2010
Código do texto: T2065949
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