À Ele...
Ele é tudo e parece se sentir nada
Me invade sempre atarefada
O encontro em meus projetos onde estou embalada
o busco em mim e me encontro desesperada
Ao perceber que o físico está distante mas o espírito sempre me encontra em disparada
Não sei o que fazer com o que sinto
Penso em sentir e pronto
Nos lábios, seios e cabeça onde sempre desmonto
Em meio a lembranças que se estivessem num banquete seriam o vinho tinto
Oh! Cristo!
Ele é sereno e mesmo tentando me calar insisto
Que ele é intenso e mesmo querendo me parar não desisto
De tentar fazer com que veja que é seu semblante que me cobre com o manto da sensibilidade que agora visto
Que alma é aquela
Que de tão transparente é mais que bela
E que na minha tela é a reluzente aquarela
Que me pinta e me borda e escreve que sou a donzela
Perdida num mundo que me descabela
Oh! Querido! Com emoção quero te demonstrar
Que tu és a melodia a me embalar
E sem ti não há por que o pulsar
Dos sentidos que estão sempre a gritar
Que és perfeito no falar
Feliz no sussurrar
Amigo ao aconselhar
Humano em não guardar
As boas novas que estás a cantar
E sempre és profundo ao despertar
Em mim o desconhecido que agora está a se revelar
Meu caro, ouso a insistir
Que é sempre uma pena a hora de partir
E saibas que sei que não estás a invadir
Pois não imploras mais soube pedir
Com palavras mudas que eu pude ouvir
O imenso amor, carinho e ternura que por ti pra sempre irei sentir!