São Paulo
O meu olhar aponta para o seu infinito
Terra das minhas cores, das minhas dores
Das minhas flores e dos meus amores
Onde finquei os meus pés e expandi meu coração
Sepultei uma parte de mim...outras renasceram
Cidade que não dorme mas descansa serena
Sob a sua garoa de prata
Amanhece viva nos braços de seu povo
De sua arquitetura clássica e moderna
Da ocupação desordenada periférica
Que cruzou o Rio Tietê..e em seu trecho mais obscuro
Norteia as diferentes direções
Novelas....favelas...janelas...multidões que se afligem
Cada imagem diz de ti
Tudo acontece aqui...na palma da minha mão
Brasileiros e estrangeiros...filhos de São Paulo
Suor....sangue, risos e lágrimas
Nos trilhos, avenidas e construções se misturam
As suas vidas, passado, presente, futuro
Chuvas que inundam sonhos e vazam almas
Mãos que se apertam em emoção
E o grito desesperado que retumba
Tudo é muito novo e muito velho
Tão grande e tão pequeno
Hoje ainda reajo as suas sinceras contradições
Mas me contenho na tua grandeza
Cada ponto uma história, cada dia uma esperança
Te abraço orgulhosamente sem assoberbar
E reafirmo que te amo apesar de tudo....