São Paulo

O meu olhar aponta para o seu infinito

Terra das minhas cores, das minhas dores

Das minhas flores e dos meus amores

Onde finquei os meus pés e expandi meu coração

Sepultei uma parte de mim...outras renasceram

Cidade que não dorme mas descansa serena

Sob a sua garoa de prata

Amanhece viva nos braços de seu povo

De sua arquitetura clássica e moderna

Da ocupação desordenada periférica

Que cruzou o Rio Tietê..e em seu trecho mais obscuro

Norteia as diferentes direções

Novelas....favelas...janelas...multidões que se afligem

Cada imagem diz de ti

Tudo acontece aqui...na palma da minha mão

Brasileiros e estrangeiros...filhos de São Paulo

Suor....sangue, risos e lágrimas

Nos trilhos, avenidas e construções se misturam

As suas vidas, passado, presente, futuro

Chuvas que inundam sonhos e vazam almas

Mãos que se apertam em emoção

E o grito desesperado que retumba

Tudo é muito novo e muito velho

Tão grande e tão pequeno

Hoje ainda reajo as suas sinceras contradições

Mas me contenho na tua grandeza

Cada ponto uma história, cada dia uma esperança

Te abraço orgulhosamente sem assoberbar

E reafirmo que te amo apesar de tudo....

José Salvador
Enviado por José Salvador em 26/01/2010
Código do texto: T2051195