ESTRELA PEQUENINA


Procuro palavras, rabisco frases inacabadas.
Me revisto de poesias enluaradas
Vasculho a imensidão de mim
procuro o que há de melhor
nesta confusão que encontro dentro do meu coração.
Tento falar, mas sons vindos da alma
não conseguem romper a barreira do espanto.
Esse e o instante que me devolvo à voce.
Que me envolvo em sua luz e
assim posso ser o brilho que te conduz.
Esse e o momento da voz que emudece,
do corpo que para, das mãos inquietas.
É chegada a hora da alma.
Do olhar que afaga
do alimento que salva
do amor que eterniza
E assim que meus olhos percebem
na quase escuridão desse dia que amanhece,
uma estrela,
por pouco não mais que um pontinho brilhante.
E vai clareando meu corpo.
De azul e rosa colore meus sonhos.
E de dourado tinge meu caminho
como um sol na preguiça do amanhecer.
E as frases perdidas se encontram na porta do coração,
sentimentos confusos se ajeitam dentro da alma.
As mãos, tremulam suavemente.
O corpo, como um sopro,
se curva a esse instante tão belo, tão raro.
Sinto sua vida pulsar em mim
e esta alegria não cabe em mim
transborda os limites da existência
E a voz, por tanto tempo calada,
timidamente ensaia uma canção de ninar,
a qual desejo sempre cantar para os teus sonhos,
minha linda flor embalar.


Texto dedicado a minha "Clara Luz" a estrela maior que me acompanha no espaço, aguardando o momento exato de me preencher com sua luz majestosa.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 21/01/2010
Reeditado em 28/12/2010
Código do texto: T2043163
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