Lílian

Derrama-se no poente o silencio,

Derrama-se na manhã raios de sol,

Sonhos que me vêm à memória.

Derrama-se o silencio sobre os bosques, alamedas e jardins.

Jasmins, cravos, violetas, rosas vermelhas.

Caminhas entre as flores, doce flor de alecrim.

Derrama sua doçura, aroma que se misturam.

E se derrama sobre os campos.

Como o Rio Doce no começo da primavera.

Espalhe seu sorriso perfumado.

Como a brisa que vem do mar.

O silencio se cala, ante tanta beleza,

Encanto e candura.

Despertando o meu coração.

Que já estava cansado de tanto amar.

Pra novamente sonhar.