WALESKANDO
Vejo luzes distorcidas
Ouço sons indefiníveis
Provo o amargo de bebidas
Ando em desequelíbrio
Abro os olhos para o mundo
Faz-se a dor em qualquer razão
Entre a flor, fruto ou espinho
Me permito a solidão
Não sei se é sonho ou vertigem
O pesadelo onde vivo
Não sei se raios ou emoções
Os tremores que me atingem
Vou “waleskando” os caminhos
Universo de algodão
Busco o eco do infinito
Góticos becos da razão
Caminho o solo em declive
Tateio o sólido do líquido
Carinhos de mãos que duvido
Num pérfido sol em deslize