MINHA DOCE AVÓ
Minha Avó doce e querida
Já bem no Outono da Vida
Vincado no teu olhar;
Quero já neste momento
Agradecer esse alento
Dado p’ra eu caminhar!
Davas-me toda alegria
Teu coração bem dizia
Todo o Amor que tens por mim;
Já dizem os portugueses
Avó é Mãe duas vezes
E Amor de mãe não tem fim!
Apelo já a todos vós
Se ainda tendes Avós
Tratai-as com mais respeito;
Gozam da Luz desta Vida
Desejam ver repartida
Toda a ternura do peito!
Abraçai essa anciã
Não deixeis tal pr’amanhã
Como agem os portugueses;
Eu nunca me senti só,
Garanto que ser Avó
É ser Mãe muitas mais vezes!
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(Em 4 de Setembro de 2003, fiz este poema ao último dos avôs que me restava. Hoje ela ainda está viva (Cândida Constantino Gomes), mas o seu estado de saúde não antevê grandes perspectivas de futuro. Hoje, no dia Internacional do Avô, decidi dar-vos a conhecer (em versos de redondilha maior), o meu desabafo de gratidão, para com esses nossos entes queridos, tantas vezes banalizados e esquecidos, mas que são, também em abono da verdade, nossos pais e nossas mães... Duas vezes (ou mais)!
O4-09-2003 Abílio Joal
(Nota: A minha avó faleceu em 30.12.2006)