AS MULHERES CABISBAIXAS
As mulheres andam nas ruas...
pesadas e cabisbaixas...
E eu penso: O que será que as oprime?
Será que são os homens?
Ou será que que são as angústias do dia-a-dia?
As decepções que vêm com o amor, com o fogão, com a
maternidade?...
As desgraças das ruas e dos povos?...
O pavor!
Não era prá ser assim!
O fogão, os homens, a maternidade...
Isso tudo é o amor, o próprio amor.
E as mulheres cabisbaixas e oprimidadas
não entendem o seu valor.
Se soubessem, se entendessem que elas são o começo de
tudo...no amor.
E o fim de tudo...no pavor.
Andariam de cabeça erguida.
E sorrindo para o amor...
E do pavor que as oprime...