A Concha

Um objeto metálico, inoxidável.

Uma haste côncava em uma extremidade.

Reluzente e imponente, poderosa e única.

No seu mundo...insubstituível!

Um objeto inútil nas mãos do tolo.

Uma arma mortal nas mãos do insano.

Parada, pendurada, alheia ao caos que a rodeia.

Servindo, como é o dever de todas.

Mas, não como uma qualquer.

Que pode ser trocada.

Servindo sim, mas altiva no seu poder quantitativo.

De quem pode ser inigualável.

Passa de mão em mão, não de maneira vulgar.

Porque é especial, esperada e escolhida.

Enchendo de prazer a quem a usa.

Sem se permitir tocar por qualquer.

Somente pelos como ela importantes.

Matriarcas, patriarcas, chefs, alguém assim.

E...sabedora de sua importância.

Serve com dignidade e generosidade repetitiva.

E na humildade, só permitida aos sábios.

Mistura-se com todas democraticamente,

No mesmo lugar.

Mas, mesmo assim se destaca.

Pela sua beleza diferente e exótica.

Com seu poder sedutor, de uma quase imortal.