ACASO

Quando, por acaso, minha alma

Se desprender de vez do meu corpo,

Não quero que chore.

Não quero que sofra os dias que pode ser feliz.

Não desperdice tua juventude

Com essa velha fantasia de luto,

Pois estou vivo em você,

Embora, neste presente, eu esteja morto.

Quando, por acaso vir

Em algum lugar, algo que venha a me lembrar,

Não esqueça deixá-lo apenas na lembrança.

Não vale à pena trazer a tona insignificantes dores,

Nem memórias minhas

.

Quando, por acaso, se olhar no espelho,

Verá em ti minha face

Melhorada em você.

Não chore...

Lagrimas não me trarão de volta.

E toda revolta que tiver da vida ou de Deus,

Não será justa.

Meus sentimentos dependerão dos seus.

Se você estiver feliz, assim estarei.

Se por acaso decidir me culpar,

Pense que minhas razões

Nem sempre fazem jus as suas.

Deixei-te sim,

Não mais que em vida.

Se me perguntar se te amei,

Sim. E a morte não pode ceifar tal sentimento.

Te amo filha!

Ainda que de uma forma tácita...

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 27/12/2009
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