Declaro-me seu

Como saber se estou certo se o mundo é todo errado

Sóbrio fazer-se de normal quando nada é natural

Indecência lúgubre desaba para o dia fulgurar

Descaso pela maldade, incidente proposital do ato de amar

Façam dos frutos as plantações colhidas sem sangue derramar

Trucidar um coração errante, beber refrigerante e fingir que nada aconteceu.

Ódio ao impetuoso sonho de sentir sensações sólidas

D'onde tudo é o líquido que gasosamente vira argila

Vamos modelar a perfeição, glorificá-la e nos arrebatarmos por saber que ela não existe em forma, apenas em fé

Vamos viver a diferença de quem somos, a atitude de quem quer

Vamos respirar o ar, inspirar o perfume das flores, mergulhar no imenso deus sereno azul, flutuar.

Sagaz sabedoria do imperfeito que sou fez-me conhecer de que temos peças a menos, mas há complementos.

Sinto dizer que nada é dor. São picadas de borboletas

Avistei ela dentre as flores e fiz arranjos

Lembrei-me da figura mais bela que desfilava em meio aos anjos

Senti o calor em meio ao frio, havia terra sobre o rio, o sol se prontificava ao lado da lua.

Olhei pela janela e a água escorria. Que tal dançarmos na chuva?

O jardim do Édem é lindo, é grandioso, não tem mal, mas frutos têm, não é natal, mas entendemos que Deus é dono de tudo e galardiador.

Ele é capaz de me reconhecer dentre os mais fiéis, dar-me tudo o que eu merecer.

Foi então que me presenteou com o júbilo do amor

Ele me deu você.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 27/12/2009
Código do texto: T1998365
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