Miniatura de Gente
Ela é toda faceira. Miniatura de gente.
Apenas quatro anos, e faz muita gente se virar,
Olhar para ela, duas vezes é pouco.
E quando gente grande se tornar?
Tem nome de princesa, e como tal age.
Anda na ponta dos pés, sorriso rápido no rosto.
Olhos amendoados revelam toda graça infante.
Ananda, segura teu posto!
Se eu pudesse escolher,
Levaria-te por caminhos largos.
Mas na vida nada é concreto,
Ela é cheia de percalços.
Insistes abraçar todos os animais,
Não sabes que nem todos podem ser abraçados.
Eles não entenderão teu gesto,
Desprezarão teu afago.
Na vida vais descobrir,
Que não basta ter boas intenções.
Muitos vivem pelo prazer,
De mutilar corações.