POÇO DO TEMPO
SILVIO MEDEIROS
POÇO DO TEMPO*
Finalmente é dezembro!
Quero dias plenos de azuis para as minhas meninas -
sábias amigas,
ANA VALÉRIA SESSA
JEANNE MARIE GAGNEBIN DE BONS
LANNA AGDA
LILIAN REINHARDT
MADALENA BARRANCO
e
ROSANA MERCADANTE
... elas são milagres da criação, ondinas, deusas, musas, sereias, ninfas, rosas-dos-rumos despetelados. Elas são marias, helenas, sarahs, cada qual uma canção. Elas vêm do norte, umas do sul, outras do leste, do oeste. Elas são rosas-dos-ventos, templos, rosas-de-jericó,
guirlandas de redivivas. E eu deliro, rodopio e desabo à beira do poço do tempo, eternamente encantado, vislumbrando o terno eterno feminino.
Quando ouço a tua voz em sonhos,
minha alegria alcança as alturas das estrelas,
voz nua e tua como o tilintar das turmalinas,
e pequeninas pedras da lua desabam em marmóreos túmulos.
Ó parte obscura de mim mesmo,
amor secreto e constante,
dor lancinante no peito
cingido por pétalas de rosas selvagens.
Entre a vida e a morte,
palavras da minha boca constroem santuários de imagens,
rosários de conchas, rubis, esmeraldas e topázios.
Ouço, então, a música dos aromas,
e pingos das águas da fonte das cores
lançam gotas coloríficas do tempo em minhas dores.
Prof. Dr. Sílvio Medeiros
Campinas, 18 de agosto de 2009
*A presente composição poética participou do "Concurso Nacional de Literatura Jorge Ribeiro" sob protocolo 192/2009.
SÍLVIO MEDEIROS
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