A PRINCESA DO CASTELO (por Dante Marcucci)

Tão frágil aquele castelo...

Era uma vez, num reino distante,

Uma linda princesinha,

Prisioneira em um castelo de areia.

Chorava tristemente,

Pensando em como fugir,

Das paredes que a cercavam.

E sonhava com um príncipe valente,

Que a viesse resgatar...

Olhava o mar no horizonte,

Procurando uma garrafinha...

Esperando que a maré cheia,

A trouxesse de repente.

As lágrimas não paravam de cair,

E sobre a areia derramavam,

Pingos de dor inutilmente,

Que escorriam para o mar...

De repente percebeu,

Aquela linda princesa,

Que as lagrimas escorrendo,

Lavravam sulcos na areia...

E um milagre aconteceu!

Ela então viu com surpresa,

O que seu choro ia fazendo:

Degraus na sua cadeia!

Com cada degrau que chorava,

Mais perto do mar e da praia,

E da sua liberdade,

Ela podia chegar...

Um dia, quando não esperava,

A água molhou sua saia...

Era uma onda de verdade,

Que os pés veio lhe molhar...

Sentiu que estava liberta,

E em sua frente apenas o mar,

Com suas vagas imensas,

Que rebentavam no chão...

Já tinha a princesa por certa,

A felicidade a lhe esperar.

Logo avistou recompensas,

Nas ondas da arrebentação...

Uma velha garrafa trazia

Mensagem, (sabia ser sua)

Leu enquanto a garrafa abria:

“Mina rakastan sinua”

O papelzinho amarelado,

Fez sorrir a princesinha,

E ainda tinha gravado,

Com uma letra miudinha:

“Chore sim, linda criança,

Que logo estaremos juntos,

Mas nunca perca a esperança!”

Por Dante Marcucci

Nota: Dante, a princesa ainda não encontrou a garrafinha e só não me foi embora a esperança, em parte, por sua culpa. Obrigada pelo lindo poema e pelo sorriso que fazes brotar em minha face. Beijos no coração.

>>KCOS<<