Mamãe

De teu amor nasci

Em teu seio me nutri

Em teu colo meu pranto derramei

De tuas cantigas jazia em sono profundo

Um sono infantil, um sonho materno

Um teatro abrindo, um Fausto surgindo.

Em teus conselhos divisei

O claro e o sinistro do mundo, percebi

E sai a enfrentar o cruel destino me separou de ti

E hoje, de ti recordo cantigas distantes

E meu papel, se dissipa no teatro que imaginastes

Nem tudo é tão claro quanto antes.

AjAraújo, o poeta humanista.