Soneto ao Amor Imortal.

"Tudo passa na terra e no céu tudo passa,

Quando o rio do tempo, em seu curso fatal,

Rola por sobre a vida, e a vida despedaça,

Indiferente ao bem; indiferente ao mal.

O mar tempestuoso, a fonte de cristal;

O trono, o altar, a glória, a força e a graça,

E tudo que nos é, na aparência, imortal;

É apenas sombra, e sonho, e silêncio, e fumaça...

E quando cai o pano e finda o drama e a festa,

Só um bem sobrevive e uma verdade resta,

Mais clara do que o sol, mais forte do que a vaga,

És tu, AMOR DE MÃE, a inexaurível messe,

A estrela que não morre, a flor que não fenece,

O rio que não seca, o sol que não se apaga!"

Félix Araújo, poeta paraibano.

arnobio viana
Enviado por arnobio viana em 30/10/2009
Código do texto: T1896181