Soneto ao Amor Imortal.
"Tudo passa na terra e no céu tudo passa,
Quando o rio do tempo, em seu curso fatal,
Rola por sobre a vida, e a vida despedaça,
Indiferente ao bem; indiferente ao mal.
O mar tempestuoso, a fonte de cristal;
O trono, o altar, a glória, a força e a graça,
E tudo que nos é, na aparência, imortal;
É apenas sombra, e sonho, e silêncio, e fumaça...
E quando cai o pano e finda o drama e a festa,
Só um bem sobrevive e uma verdade resta,
Mais clara do que o sol, mais forte do que a vaga,
És tu, AMOR DE MÃE, a inexaurível messe,
A estrela que não morre, a flor que não fenece,
O rio que não seca, o sol que não se apaga!"
Félix Araújo, poeta paraibano.