LA NEGRA

Há um sileciar no clamor da noite

não reverbera mais o trovão na chuva

a alma chora calada a partida dela

La negra

eu choro e lembro, como se fosse ontem

jovem e sonhador a cultivar boemia

quando tantas vozes em mim tocavam

Elis, Gal, Simone, Bethânea

ali vizinha a terra minha

estava, surgia, revolucionava

La Negra

Brandava ao tempo sua voz potente

e ao mesmo tempo comovente

me abduzia em sua lamuria

chorava o amor ausente

gorfava a dor que surgia

La Negra

agora, força transcendente

fara coro aos querubins

mas sei, que em dia de tempestade

la junto com o bradar de raios

ouvirei tua voz, eterna

a ecoar em minha memória

e alma

La Negra

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 07/10/2009
Código do texto: T1852256
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