Costurado Coração
A nostalgia, a bela fria, sua escura via
Traz à vista um ardor que você logo sorve
Que lhe mente descaradamente, mas você não chia
E você tem, pronto, o calor sem rosto que envolve
Tece e amarra e logo lhe cospe longe em peão
Arranca, rasga e costura seu descolado coração
Lhe dá impulso para, você quer, continuar rodopiando
Em direção curva diretamente à besta
Linda, fria que queima, em sabá adorando
E volve, e segue, e torna, e vai! direto giro à cesta –
apertando o peito doído – da redentora perdição
Cem voltas pelo Amor, longo raio de desilusão
Mas cometa, em reta, desce fulminante
Brilha
Aeronave de Newton, sobe impactante
Brilha ao redor
Raio de nuvem que, claro, esclarece
Ela brilha ao redor
Raio do chão que, forte, estremece
Ela, certa, brilha ao redor
Raio do chão-nuvem, simples, acontece
Ela, certa, brilha ao seu redor
Ao tempo, que passa, você desfalece
Ao acordar, aurora, ela em aura, seu arredor
Dedicada a ela, assim como outras letras mais, inspirada por ela, meu amor, minha luz, minha religiosa tradição, minha dramática ficção, minha descoberta ciência em progressão, minha beleza Da Vinci renascença, meu divino espírito santo presença, minha tresloucada emancipadora transcendência, minha esclarecedora de sensos em confusão...
A Ela, a única, a púnica guerra última, meu lenço de paz, a última, a limpar os olhos meus, que vêem clareira, sem túnica; se de dor fiz música, da hora sua faço súplica, que seja minha sempre, não suma.