Oscilante Intersecção

Persona singela da minha oculta floresta

Nem sempre bela, mas ó sim, sincera

Que às vezes escapa tentando aparecer

Falho em não mostra-la, parte mais bela de meu ser

Não é por mal, é por falta de abertura

Isso não apaga a minha culpa

Escrevo pra mim mesmo, hoje com ternura

Pois sei que você possui mais de mim ai nesta cela escura

que eu aqui fora, na realidade dura

Hoje eu quem escrevo para ti, sincero alter-ego

Agradeço a ti as expressões sinceras, mas ainda sim te nego

O meu desejo mais sincero é ser aquele que escreve

É não viver a dualidade que aos humanos persegue

E quando conseguir a fusão utópica

Será a hora de partir da realidade hipócrita

Que obriga a nós, eternos subordinados

A ser peça tática do triste jogo tático

Ter que parecer em vez de ser

Por simples sobrevivência, para fechar os flancos

Da curiosidade alheia

E quando não houver mais problemas

Brilhe! é tua hora interioridade ferida

Não há mais de se submeter a opinião mal vinda!

E aí, será a hora da perfeita junção

Excelentes predicados e defeitos adequados

Entre a interioridade e o exterior cansado

Os opostos que se encaram tão ambíguos

A necessidade de completar-se mesmo sendo inimigos

E a tentação de versatilizar-se

Eis ai o desejo do humano, ser a mistura

Do interior imaculado e do exterior maltratado

Ser completos, desejo trivial de todos os amargurados.

Deadeye Poem
Enviado por Deadeye Poem em 25/09/2009
Reeditado em 14/01/2012
Código do texto: T1830858
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