Investigo-me/

Sondo no mais íntimo do meu ser
Quero ver tudo o que se oculta
O meu brando na rebelde poesia
a minha gloria em cinza desfeita
vaidades orgulhos
as impotências , fraquezas
de que não rezará a história
desta vida, que se deplora e
que vê os anos que se vão
sobre o que não vivi
razão bastante para chorar
amargar esse desafio
que o destino me apôs
percorro o meu intimo
como uma provocação
tão liberal entro nesse lugar
Fico perplexa
mostrando-me rudes
e insensíveis destemperos
que de vinganças me seduzi
e parti  para  a desforra
ajuizei serem males sem pretensão
eram as minhas razões defendi.
Mas lá estão marcadas
 Como tudo o que em sorte
me foi atribuído e vivido
.Juntos os ímpetos e as complacências
Os suaves males e os furores
As doçuras e as debilidades.
Sai de cabeça baixa
Sobre mim reflecti
Contraída mas decidida
 reparo fazer a tudo o que em mim
se me afigurou serem erros
que fiz padecer….
Há!
mas não vou dizer que foi sem querer.
E mais, objectar com a defesa do que padeci.
Este nosso destino terreno
de corpo pequeno  em que o génio é grande
nos faz saber como somos imprecisos.
De tta
20~09~09


Poesia On-line
Mote: Eu me olho
Por Auristela Fusinato Wilhelm
 

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 22/09/2009
Código do texto: T1824061
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