O retrato que vejo de ti...

A gravidade que me leva para os teus braços
O teu perfume misterioso me solta ao vento
Que faz estas frases serem tão simples, como traços,
Ouvir tua voz branda resume o dia em um momento.

O gengibre rouba o doce de teus lábios
O medo e a paz tomam seu peito de abrigo
O mais sublime vinho seco ao seu toque se encharca
Vendo de longe, mesmo cego, te sinto.

Indelicado, insisto em lembrar sua beleza
E, sei que, isso a areia em brasa não te diga
Não dê ouvidos, ela nem querendo se reflete
É um luar intenso, um mar em calmaria.