ÁVIDO SENTINELA
De manhã, ao levantar-me,
Do meu ser, abro a janela,
Que, por tempo ininterrupto,
De mim mesmo, sou sentinela...
Igualmente ao quero-quero,
Nas campinas e colinas,
Que o meu rebanho todo,
De gado e cabras, bem vigia...
Quero-quero, amigo mui,
Meu parceiro, pelo tempo,
Por onde vou ele vai junto,
Lado a lado, um companheiro...
Meu sentinela, ávido quero-quero,
No meu último dia de vida,
Depois dele, ter eu quero
Sua fiel e singela companhia...
Quero você, sempre vigiando
Dia e noite, minha campa,
Que de cama ela me serve
Enquanto meu corpo descansa...
Se meu túmulo, por acaso,
Profanado vir a ser,
O alerta será dado, pois, por quem
Me vistes nascer e morrer...
''MEU SENTINELA ÁVIDO QUERO-QUERO''