ÁVIDO SENTINELA

De manhã, ao levantar-me,

Do meu ser, abro a janela,

Que, por tempo ininterrupto,

De mim mesmo, sou sentinela...

Igualmente ao quero-quero,

Nas campinas e colinas,

Que o meu rebanho todo,

De gado e cabras, bem vigia...

Quero-quero, amigo mui,

Meu parceiro, pelo tempo,

Por onde vou ele vai junto,

Lado a lado, um companheiro...

Meu sentinela, ávido quero-quero,

No meu último dia de vida,

Depois dele, ter eu quero

Sua fiel e singela companhia...

Quero você, sempre vigiando

Dia e noite, minha campa,

Que de cama ela me serve

Enquanto meu corpo descansa...

Se meu túmulo, por acaso,

Profanado vir a ser,

O alerta será dado, pois, por quem

Me vistes nascer e morrer...

''MEU SENTINELA ÁVIDO QUERO-QUERO''

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 29/08/2009
Código do texto: T1780930
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