LIGIA

Brincávamos, afastados de tudo e de todos

Lindas juras de amor trocávamos

Sem saber que éramos tolos

Teu olhar tão bonito, azul

Cabelo louro ao vento indômito

Pele de seda pura, água cristalina

Voz que inebria o ar atônito

Fugiste de mim, dama singela

E, somente o adeus ficou na janela

Volta, que eu te espero

Quero de novo a alegria de viver

Já não sinto prazer em contemplar o luar

As estrelas testemunhas distantes

Cobram noite após noite

Teus suspiros românticos

Sei que estás me ouvindo

Sinto no ar tua presença

Quando o sol some no poente

A melancolia toma conta de tudo

Preso na armadilha de minha esperança

Espero que chegues, amor

Vem, musa perdida, amar-me ...

Ou tirar-me a vida, sorrindo

Tirana de meu sofrerI

JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES
Enviado por JOAO DE DEUS VIEIRA ALVES em 18/06/2006
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