LIGIA
Brincávamos, afastados de tudo e de todos
Lindas juras de amor trocávamos
Sem saber que éramos tolos
Teu olhar tão bonito, azul
Cabelo louro ao vento indômito
Pele de seda pura, água cristalina
Voz que inebria o ar atônito
Fugiste de mim, dama singela
E, somente o adeus ficou na janela
Volta, que eu te espero
Quero de novo a alegria de viver
Já não sinto prazer em contemplar o luar
As estrelas testemunhas distantes
Cobram noite após noite
Teus suspiros românticos
Sei que estás me ouvindo
Sinto no ar tua presença
Quando o sol some no poente
A melancolia toma conta de tudo
Preso na armadilha de minha esperança
Espero que chegues, amor
Vem, musa perdida, amar-me ...
Ou tirar-me a vida, sorrindo
Tirana de meu sofrerI