Pai
Seu sorriso era lindo
água de cachoeira
deslizando límpida
entre pedras e limo.
Sua alegria era infinda
e nem os dissabores
de sua árdua vida
(a infância pelo trabalho fora tolhida)
a arrefecia.
Genuína era a sua poesia
lapidada com a rusticidade
de mãos e alma caipiras
(às vezes fugia-lhe a rima).
Ah,velho amigo,
tivesse eu a consciência
de que seu abraço
um dia me faltaria...
Poema do livro “Beirais”.