ARTES IRMANADAS
ARTES IRMANADAS
Inspiração: escultura de Viviane Becker
Apontas o infinito desde o chão que piso,
...e finjo-me alheio ao vôo no vácuo que exibe natureza
na cor ocre do cobre de um crepúsculo silente.
Galgo, na arte, os degraus do meu próprio potencial,
abraçado à base, de abas livres, sobrepostas de grades.
Oh! Quanta ironia, entanto, comporta o contemporâneo!
No exíguo espaço de bordas retilíneas,
desprovido dos obstáculos deste ciclope inerte,
abre-se o vasto raio visual das ruas!
Sejas, embora, ferro que fala
nos olhos críticos da arte,
transcende da liberdade do imaginário
o universo de um mundo de impotências
do formigueiro humano, em nuanças várias.
Mas, inda que descalço, desfornido e roto,
brinda, em terra, à essência da vida.
...em ti, porém, mesclam-se altivez e liberdade,
– és peça única e sublime desde simbolismo –