O FAVO DE MEL ! PARA CAMILA
Nesses verdes mares bravios, cantados por Alencar
Partiu afoita a jangada, deixando a jandaia a cantar
E no jirau da jangada, a musa que conheci
Tanto quanto atrevida, nesse sonho eu dormi
E dessas partidas... idas e vindas
O mar é o eterno espelho
Efêmero, é o reflexo do céu
Talvez tenha encarnado, o perfume do manacá
E de Iracema seus lábios, o favo e o doce do mel
Esse rosto enigmático, que os cálculos matemáticos
Não conseguem decifrar
Essa expressão tão serena, dessa linda face amena
Aconchegando o azul, pontilhando em pontos brancos
Ainda aumenta seu encanto a fazer Martim sonhar
E esse olhos... tão ocultos! Que intrigam o meu pensar
Nas minhas viagens da alma, me porto como Alencar
Quero ver de perto e ao vivo, as Iracemas de lá
Ouvir o canto da graúna, nos ventos do Ceará.