O FAVO DE MEL ! PARA CAMILA

Nesses verdes mares bravios, cantados por Alencar

Partiu afoita a jangada, deixando a jandaia a cantar

E no jirau da jangada, a musa que conheci

Tanto quanto atrevida, nesse sonho eu dormi

E dessas partidas... idas e vindas

O mar é o eterno espelho

Efêmero, é o reflexo do céu

Talvez tenha encarnado, o perfume do manacá

E de Iracema seus lábios, o favo e o doce do mel

Esse rosto enigmático, que os cálculos matemáticos

Não conseguem decifrar

Essa expressão tão serena, dessa linda face amena

Aconchegando o azul, pontilhando em pontos brancos

Ainda aumenta seu encanto a fazer Martim sonhar

E esse olhos... tão ocultos! Que intrigam o meu pensar

Nas minhas viagens da alma, me porto como Alencar

Quero ver de perto e ao vivo, as Iracemas de lá

Ouvir o canto da graúna, nos ventos do Ceará.

Dinis
Enviado por Dinis em 23/08/2009
Código do texto: T1769106