“Marinheiro”
(Luiz Henrique)

Era um marinheiro
ao menos o dizia
no contar suas estórias
Ninguém jamais soube
se eram verdadeiras
as bravatas de suas vitórias

Era um marinheiro
das guerras, tempestades
de tiros de canhão
Seu biotipo
sequer convencia
tava mais pra Popeye trapalhão

Era um marinheiro
e um bem falante marujo
estranho e forasteiro
Convidava aldeões
pescadores e pecadores
Das festas - o festeiro

Era um marinheiro
de extintas mesuras
demonstrava educação
dizia versos em prosa
Às moçoilas solteiras
o exímio galanteador
com freqüência
as deixava em polvorosa

Era um marinheiro
que ninguém sabia
de onde veio,
como se diz
Mas uma coisa
certa e inegável:
Era um marinheiro só
e Feliz ...




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