PARABÉNS, EX-AMOR!
Sobrevoei os abismos nebulosos da saudade
E observei as mãos gélidas, de súbito, paradas...
As antigas emoções reprimidas e fragilizadas
Devastadas sob o escárnio da minha orfandade!
No caminhar nada resta além duma tenuidade
És a miragem entrevista nas nuvens embranquecidas!
Fragmentos de nossas almas solitárias e aturdidas
Dispostas a enfrentar o sentir sem tempo ou idade!
Desdenhamos da suprema astúcia da fatalidade
Condenando-nos a vagar quais sinfonias esquecidas!
Em quentes e pesarosas lágrimas, por vezes, aludidas
Num íntimo e desesperado grito pela frágil sanidade!
Deposito aos teus pés os escombros da intensidade
Do que sou, do amor vibrando e das esperanças perdidas!
Recebe-as como testemunhas das atitudes inibidas
A fim de preservar os últimos resquícios... de felicidade!