(imagem Google)


Escrever É Dom, Escrever É Sangue

          Escrever é dom, não se aprende esta intrigante arte, é do tipo das coisas que é ou não é, ou você sabe escrever ou você não sabe escrever, é como mulher prenha, está ou não está, não existe um meio termo, não existe meio poeta e nem muito menos meia prenhez, nascemos assim, isso nos é dado;

          Dentre os meus principais e um dos mais incômodos devaneios, estaria na angústia de não encontrar e de não enxergar arte dentre os meus, enxergava apenas seres superficiais, absolutamente concretos, castrados em sentir arte, rumava só, dentre tantas concretudes e objetividades desprezíveis, teria eu advindo de uma chocadeira?, ou quem sabe essa história de cegonha realmente seria real, rumava e não encontrava uma referência, escrever é dom, é sangue;

         Percebo agora que me livrei da chocadeira e que as cegonhas realmente não existem,constato que meu genitor não me ofertou apenas a graciosa oportunidade em existir, mas, também a inexplicável habilidade de brincar com as palavras, de pensar acerca de nossa dúvidas mundanas e colocar esta angústia em papel na mais maravilhosa arte;

          Bem vindo meu pai ao mundo dos inconformados da total falta de abstração, puxe a cadeira poeta, faltava apenas vc!


O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 01/08/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1731294
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