AO RECANTO

Eu trago ao meu recanto;

Canto de tantos outros

Encantos e encantadores,

Palavras voadoras,

Versos de amores

Troco poemas

Faço credores

E devedores

Eu trago a este recanto

Um pouco de meu canto

De meu oco

E de meu cheio

Trago dor e devaneio

Faço amor, compro feito

Eu saboreio

Como o último

De muitos banquetes

Eu trago ao tal recanto

Tanta coisa que me espanto

Haver tanto olhar

Aos meus contos

Meus poemas semi-prontos

Quase tortos

Sem forma, sem rima

Ou sim, com elas

ao final do dia

Não sei se levo a ele

Ou ele vem em mim

Eu trago ao recanto

O meu recanto

Que é um pouco

De todos os outros

Que me trazem.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 25/07/2009
Reeditado em 17/11/2009
Código do texto: T1719122
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