VELHO CARREIRO.
Autor Nailo Vilela
Velho Carreiro onde você vive agora
A muito tempo da estrada você saiu.
Já não existe o velho carro-de-boi
Seus bois de carro a canga e o canzil.
Até mesmo aquele velho ferrão
Ninguém sabe qual foi a sua serventia.
Jogado em um canto de galpão
Que ferroavam as juntas de boi todo dia.
Velho Carreiro o que passa em sua mente
Faz muito tempo que sua luta parou.
Só te restam as lembranças do passado
Que o progresso sua profissão tirou.
Velho Carreiro, já ouviu muitas histórias.
Nas viagens que fazia pelo sertão.
Você teve um passado de glória
Merecedor dessa nossa distinção.
É muito triste não ter mais o que fazer
Vive recolhido em sua imaginação.
Encostado em seu canto Velho Carreiro.
Hoje o seu mundo é só de recordação.