A UM POETA
Me pego recitando
Teus vários versos.
Acaricio o som sólido
De tuas palavras
Que voam
E me dão asas.
Sigo cantando
Meus cantos inconversos.
Confesso ainda tímidos,
Produtos de árdua lavra
Que soam
E viram brasas.
O fogo, que consome
As notas e arranjos,
Sibila sílabas silvestres
Só tu e eu, amor meu,
As entendemos.
Nosso jogo, não tem nome
Nem frota de anjos,
Apenas aroma campestre.
Só tu e eu, amor meu,
Jogaremos.
Minh'alma, fantasia
Sinestesias
Impossíveis de esquecer,
Pois são em sua inocência, parte
Da arte
Que me faz viver.
E nas melodias
De tuas poesias
Deleito-me em prazer,
Pois são minhas referências, baluarte
E estandarte
De meu benquerer.
>>KCOS<<