Alvura
Era uma casa, era um lar, uma cadeira inteira branca
Era de vime no original, cantava doce o seu balanço,
Ouvindo sopro vindo do mar, na tinta nova sentia-se noiva
Nanava em paz uma criança
Era uma casa, era um lar, uma cozinha inteira branca
Panelas lustres dependuradas, outras no fogo com seus segredos
Exalava sopro também do forno, extasiando não só pequenos
Cheirosos bolos e seus recheios
Era uma casa, era um lar, uma varanda inteira branca
Vasos cerâmicos a decorar e trepadeiras a alcançar
Do peitoril até as telhas formando brincos de belas flores
No entre meio azul do céu
Era uma casa, era um lar, uma bandeira inteira branca
Na sua frente o verde forte, perfilado da montanha
Pavilhão da moradia que marcou seus habitantes
São vestes alvas suas essências
Que se faça natureza nas vivendas sem limites
Com alvura impregnando por inteiro o porvir
A candura sem freios seja o hino declarado
Do contido dentro do peito