“Marinheira Imperatriz”

(Luiz Henrique)

Tua pele branca como leite
Faz-se aos meus prazeres deleite
Boneca de biscuit - rara porcelana
Marinheira insólita – guerreira alana

Admiro a força e a coragem
Nesse exercício de fé inabalável
Na busca do amor dos teus sonhos
Vencendo maremotos medonhos

Teu velejar é incansável e renitente
Comandas a nau da tua vida firme no timão
Hás de ancorar num porto somente
Ao encontrar segurança no amor e paixão

Mesmo sem bússola, astrolábio, gps ou sonar
Não se pode dizer que navegas em desatino
Se tua meta é precipuamente ser amada e amar
Te guia a estrela do teu obstinado destino

De porto em porto, procuraste a calmaria
Que te fizesse plena e derradeiramente feliz
Talvez, por errantes, tenha em mim companhia
É pequeno meu império, mas te nomeio imperatriz





  • poesia com registro de autoria
  • imagem: Claudia - arquivo pessoal