Não há mais poemas para você
Não há mais poemas para você
Murchou a flor que estrangulei
Devaneios chuveram do céu feito raios
Enquanto o ato, o triste ato se fez
Não existe outra vida para sentimentos mortos
Por isso permanecem em terra
Assombrando corações retalhados
Se alientam do que não é material
Beleza, serenidade, alegria
E vomitam nos pés alheios
Feiura, tristeza e aquela sensação
A maldita sensação que nunca,
Nunca terá fim
Assim se cria um ciclo vicioso
Onde a consciência encontra um único refúgio
A velhice precoce, o esquecimento
Olhos começam a brilhar tanto quanto
Decréptos galhos opacos
Fadados a apodrecer sob a terra.