Não há mais poemas para você

Não há mais poemas para você

Murchou a flor que estrangulei

Devaneios chuveram do céu feito raios

Enquanto o ato, o triste ato se fez

Não existe outra vida para sentimentos mortos

Por isso permanecem em terra

Assombrando corações retalhados

Se alientam do que não é material

Beleza, serenidade, alegria

E vomitam nos pés alheios

Feiura, tristeza e aquela sensação

A maldita sensação que nunca,

Nunca terá fim

Assim se cria um ciclo vicioso

Onde a consciência encontra um único refúgio

A velhice precoce, o esquecimento

Olhos começam a brilhar tanto quanto

Decréptos galhos opacos

Fadados a apodrecer sob a terra.

Unilson Mangini
Enviado por Unilson Mangini em 05/07/2009
Código do texto: T1683943