SÃO PAULO
Não te zombas desse pobre coitado, que o meu pranto
É chuva para as sementes que tu plantaste e nasceram
No meu ser agora tão fatídico, e isso lhe digo: é o bastante
Para amar-te cada vez mais na luta pela paz tão sonhada.
Não te esqueças desse pobre coitado, que descobriste
À serenidade ao meu olhar deserto de tanto amor e paz
Nem te afastes desse pobre quando se dissipa
Em ti esse enorme carinho em que te escoas sorridente.
Não me escondes nunca teu semblante; fales-me a verdade
Sempre dessa mansa chegada de quem a paz espera feliz
Uma nova mansa paz chegada que jamais tarda em ti
Ao amante profissional suavíssimo que fiz-me conhecer
Ao teu cândido símbolo, ó anjo da nossa guarda maior
Que não ofereces tempo a que o afastamento impede