Homenagem Mineirês


          Você prestenção nesse trem que tou pelejãnu esboçar, fala de uma mineirinha que é bom de se spiá;

          Ela tem encantos que a gente não sabe cumé, palavras escritas kiném bom cafuné;

          Eita mulé danada no dom dos escritos, arreda pra la´de tanto talento, inté parece coisa do demo ;

         Ela não sabe o que fez nimim, com as poesias, contos e causos, deusde que eu li me causou satisfação, eita escritora que escreve com paixão;

          Uma viola véia, um bocado de tutu, com vários pão de queijj ela faz um buruçú;

          Artista magnífica, humilde, talentosa e brilhante, receba esta homenagem de um pernambucano arretado, e quando fores chorar no mato que nem bicho de pé que se esconde dentre nossos dedos, escutar uma boa prosa, comer angú com torresmo, unido a um café quentim, não se esqueça de mim, nem da viola, e de meia dúzia de prosa, e credincruis não para de colocar teu pranto escrito, em forma de acalanto, esse é o teu encanto...


          De cá pra ocê daí esta é uma homengem singela, Ana Maria Avelino.
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 12/06/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1645816
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