“Loucura”
(Luiz Henrique)
Dizem que de médico, poeta e louco
Todos nós, de algum modo, temos um pouco
Se o ditado é verdadeiro, sei não
Mas depois que a conheci, vivo louco de paixão
Virei poeta e um tanto vagabundo
Meu labor é escrever todo o tempo
Como que para proclamar ao mundo
Esse infinito, incontido sentimento
Sugeriste que meu comportamento
É doentio e politicamente incorreto
Acho que eu mereço absolvimento
Que se publique em breve, Decreto
Anistiando a todos os amantes
Que sufocam com amor desmedido
O sossego que a amada tinhantes
De supor que seria compreendido
Só agora eu consigo entender
O seu jeito e modo de pensar
A diferença reside em não querer
Só a emoção - sem a razão - no amar
Não importa se estou convencido
Que a você é que assiste a razão
Foi bem melhor eu ter aquiescido
Adotando pra vida a sábia lição
Se de outro modo devo me comportar
Vou aprender a domar essa paixão
Peço um tempo para eu poder me curar
Acredite, eu não vou estragar tudo não
Tenho seguido todos os seus conselhos
Buscando ter uma vida própria e ocupada
Já não tenho a cabeça aos destrambelhos
Fazendo-a da minha dor, sentir-se culpada
Outro conselho que estou a seguir
É sob o aspecto do ser, ser inteiro
De ninguém depender para eu vir
A fazer-me feliz, alegre e altaneiro
Se ainda tiver alguma paciência
E der tempo ao tempo como ensinas
Homologue, Doutora, em audiência
Por acordo cumprirei as doutrinas
Creio amor, que vale a pena, no mais
Tentarmos reconstruir o que sobrou
Sinto que posso te fazer feliz como jamais
Em qualquer tempo foi, se sentiu ou sonhou
- poesia com registro de autoria
- imagem copiada do google (titularidade desconhecida)